Going through Immigration - Passando Pela Imigração

So here I am!!! How do I feel? I guess the words "really good" is a good way to start to explain how lucky, anxious and hiper happy I am :D

Something funny in the airport in Portugal...you have to pay to use the internet. Eight euros no kidding! And I can't even get free internet sitting in front of McDonald's - fail!!! 

Now off to immigration: to start off I did my homework. First thing I thought was - here I am this young, single and female Brazilian entering to Europe to backpack and visit friends. This is the truth. I am not going to live here, hook up with a guy and stay illegally in the country - nope, no such thing. And being so I have nothing to be afraid of  but if I am here backpacking then I have to look the piece. 

- no makeup 

- no high heels 

- no jewelry

- no tight clothes complimenting the best parts of my body = no tight pants increasing my Brazilian bottom hehehe

- nothing sexy, revealing, low cut, flashy or bright.

- no nails painted in bright red or showy pink. Actually all I went for was a light almost see-through nail polish. 

I did: 

- wear comfy and somewhat baggy clothes. Not bumish nor poor looking  just casual and in neutral colors. 

- I went for the young and innocent look. Carefree and happy. If I came across as a femme fatale I am sure my fate would be boarding a plane back to Brazil. No thanks! 

- sneakers- white ones at that...the total American tourist look.

Brazil immigration: stupid me didn't even know I would be going through immigration in Brazil and had only expected it once arriving in Portugal. In front of the young female Brazilian immigration officer I handed her my passport while she looked at it for a long while, looked back at me, typed up a thing or two on her computer, looked back at me again. Trying to look as nonchalant as possible I waited for the questions to begin. Finally:

She: where are you going to? 

Me: Paris, ORLY

She: Are you going on leisure or is there another motive? 

Me: no just on leisure

And then came the totally unexpected question as she looked straight into my eyes:

She: do you have any family there? Any relatives there?

I know this is a normal question but for some reason I wasn't ready for it. Or maybe what I wasn't ready for was the way she asked it, the way her eyes caved into me. 

Me: no. Still looking into her eyes. 

She after a pause: ok. You may go. Handed me back my passport.

For some reason I knew I had answered the question correctly (and honestly as well) and that if my answering had been otherwise questioning would be the next step to take place. I could just see it in her eyes. 

Flight: 

Once everyone was seated I felt extra lucky to see at I had two whole seats all for myself -yes! So first some book reading followed by a different movie called "Two days in New York" though it doesn't really have anything to do with New York but is more about the queer French people... Just my luck as I am going to Paris. 

Didn't think I would be able to but after making myself comfortable by lying on my two seats, propping my head with many pillows and covering myself up I soon dozed into a quick sleep. 

To my non luck my seat was right in front of the bathrooms and to top it off there were two mothers who most certainly never learnt that when a baby cries it needs to eat, sleep or be changed. They must have mistaken that for waking up tired flight passengers. Argh! 

Ok so here comes "Embarrassed Christy #1:" my nose started running and I needed tissue paper to blow it...and not when the bathroom line shortened. I needed it now! So I start scanning for the flight attendant when in the aisle straight across me I see a woman with a black sweater and red vest standing up. "Hello M'am! Excuse me. Could you get me some tissue paper please?"

And that is when the embarrassment started to dawn on me. She was a passenger, just like me who decided to wear the same color clothes as the flight attendants just so I could make a fool of myself. Oh well, I was waiting for it - though it seriously didn't have to happen so soon. 

Immigration in Portugal: 

Once in the immigration line with passport and small bag with all the paperwork inside (I had loads of documents ranging from my company papers, drivers license, invitation letters, car documents, travel insurance...and the list goes on) my eye caught a beautiful young Portuguese woman with a large smile on her face. Yep an immigration officer with a smile - a large smile. I glanced around to the other officers and noticed their serious cold faces. That moment I knew the smiley woman was the one for me. Much to my luck the other immigration officers stayed a long time questioning the poor nervous souls in front of them while my smiley woman passed the three other people in front of me in less than a minute or two - and then motioned for me to come over.

Me: Good afternoon.

She: good afternoon. Passport please.

Me: here you are.

She: where are you going to? 

Me: Paris, ORLY.

She: still today?

Me: yes.

She: when do you return to Brazil?

Me: January 20th.

She: what is the purpose of your trip? 

Me: I'm going backpacking.

She: alone? Bigger smile even on her face.

Me: yes, alone. I have friends in Europe, but yes, still alone.

She: wow you are brave!!! Stamping my passport.

Me: I guess - my mom is not too happy with the idea though. Big smile on my face.

She: well have a good trip. There you go. Hands me back my passport. 

And that was it! I was in Europe and now only had to worry entering immigration once in England - and there was still a month to go until then! YES!!! 

I waited for about an hour to catch my next plane from Lisbon to Paris, met an American woman that lives in Paris who was going back to the USA because of the Sandy Disaster and after some small chat I am in the plane and on my way to Paris. 

See you soon Paris!!!

Entao aqui estou eu!!! como sente? acho que as palavras "muito bem" e uma boa forma de comecar a explicar quao sortuda, ansiosa e hiper-feliz estou :D

Algo engracado do aeroporto de Portugal...voce paga pra usar internet. 8 euros sem brincadeira. nao consigo internet nem sentando em frente ao McDonalds - que miseria! 

Agora para imigração: Pra começar fiz meu dever de casa. Primeira coisa que eu pensei foi - aqui estou eu, uma mulher Brasileira, jovem e solteira entrando na Europa para fazer um mochilão e visitar amigos queridos. Essa é a verdade. Não irei morar aqui, me juntar com algum gringo e ficar ilegalmente no país - nada nem perto. Sendo assim não há motivo de eu ficar nervosa mas se é isso mesmo que estou fazendo é essa a impressão que tenho que mostrar. 
- nada de maquiagem
- nada de salto alto
- nada de bijuteria ou jóias
 - nada de roupa apertada mostrando o meu corpo = calça colada aumentando minha bunda Brasileira hahaha
- nada sexy, com decote ou de chamar muita atenção
- nada de unha pintada de rosa pink ou vermelho vivo. Na verdade pintei as unhas com uma renda clara. 

Como fui: 
- vesti um conjunto bege de calça moleton bem soltinha junto com um casaquinho. Tudo de boa qualidade e bem arrumado - um look bem casual.
- Optei por o visual de uma garota jovem e inocente, feliz e curtindo a vida. Se eu aparecesse vestida toda female fatale creio que meu destino seria o avião de volta ao Brasil em vez a Paris. Não obrigada!
- tennis brancos...parecia uma turista Americana - hah!

Imigração no Brasil: Incrível que pareça nem imaginava que teria que passar pela imigração no Brasil - achava que era só uma vez que chegasse em Portugal - assim fui pega de surpresa. Uma vez em frente da jovem oficial de imigração entreguei o meu passaporte a ela enquanto ela demorou um século olhando pra ele, me encarando e olhando de volta pra ele novamente. Até que emfim ela datilografou uma coisa ou outra no seu computador e me encarou novamente. Tentando ficar mais calma possível esperei pelas perguntas começarem. Finalmente:

Ela: Pra onde você vai?

Eu: Paris, ORLY. 

Ela: Você está indo a passeio ou tem outra razão pela viagem?

Eu: Não, só a passeio. 

E então veio a pergunta totalmente inesperada enquanto ela olhou direto nos meus olhos:

Ela: Você tem alguma familia morando lá? Algum parente?

Eu sei que essa é uma pergunta de praxe mas por alguma razão não estava preparada por ela. Ou talvez o que não estava preparada foi a forma que ela fez a pergunta, os olhos dela cavando dentro dos meus. 

Eu: Não. Mantive o olhar dela. 
Ela depois de uma pausa: Ok. Você pode ir. Me devolveu meu passaporte. 

Por alguma razão sei que tinha respondido a pergunta corretamente (e honestamente também) e que se eu tivesse respondido que sim uma longa intrevista seria o próximo passo. Dava pra ver nos olhos dela. 

Voo: 

Uma vez que todos estavam sentados me senti super sortuda quando percebi que o assento do meu lado estava vazio então tinha dois assentos só pra mim - yes! Começei lendo um livro seguido por um filme chamado "Dois dias em Nova York!" mesmo que não tem nada a ver com Nova York e sim com pessoas francesas estranhas...sorte minha já que estou em direção a Paris.
Não achei que seria possível mas depois de me ajeitar deitando nas duas poltronas, botando vários travesseiros debaixo da minha cabeça e me cobrindo toda dormi igual um bebê. 
Pena que não durou muito porque não só era o meu assento bem em frente ao banheiro havia duas mães que nunca aprenderam que quando um bebê chora ele precisa dormir, comer ou ser limpo. Acho que na cabeça delas choro de bebê é só pra acordar os outros passageiros mesmo. Que ódio!
Já no avião paguei o meu primeiro mico: "Meu nariz começou a escorrer e eu precisava de um lenço para assoar o nariz...e não quando a fila do banheiro acabasse. Eu precisava era agora! Então comecei a procurar a aeromoça quando avisto uma mulher alta vestida com uma blusa de manga comprida preta e colete vermelho no corredor logo em frente de mim. "Ola moça! Com licença. Teria como eu ter alguns lenços para assoar o nariz porfavor?"
E só nesse momento é que a vergonha bateu. Ela era uma passageira que por acaso estava vestida com a mesma cor de roupas que as aeromoças  - só pra eu morrer de vergonha enquanto o avião inteiro olhava pra mim! Bem, já sabia que ia acontecer - mas fala sério, eu poderia pelo menos ter chegado na Europa antes. 

Immigração em Portugal:

Na fila de imigraçaõ com meu passaporte e papelada na mão (tinha de tudo quanto é papel - desde carteira de motorista, carta convite, documentos do carro, seguro de viagem, papeis da empresa...e por ai vai) vi uma bela mulher Portuguesa com um grande sorriso no seu rosto. Sim, um oficial de imigração com um sorriso - um grande sorriso. Eu dei uma olhada nos outros oficiais de imigração e percebi seus rostos frios e sérios. Naquele momento soube que a mulher sorridente era a certa! Novamente tive sorte porque enquanto os outros oficiais de imigração ficaram um tempão interrogando os pobres coitados na frente deles a minha mulher sorridente passou três pessoas em menos de dois minutos cada - e depois me chamou pra frente. 

Eu: Boa tarde.

Ela: Boa tarde. Passaporte porfavor.

Eu: Aqui está.

Ela: pra onde você está indo? 

Eu: Paris, ORLY.

Ela: ainda hoje?

Eu: sim.

Ela: Quando você volta pro Brazil?

Eu: 20 de Janeiro.

Ela: Qual é a razão da sua viagem? 

Eu: Estou fazendo um mochilão.

Ela: sozinha? Sorriso maior ainda no rosto.

Eu: sim, sozinha. Eu tenho amigos na Europa mas estou viajando sozinha. 

Ela: uau, quanta coragem!!! Carimbando meu passaporte.

Eu: Pois é - minha mãe não está muito feliz com a ideia. Grande sorriso no meu rosto. 

Ela: bem tenha uma boa viagem. Aqui está. Ela me devolve o passaporte. 

E foi isso ai! Estava dentro da Europa e só tinha que me preocupar com imigração novamente uma vez na Inglaterra - e ainda havia um mês até la! YES!!!

No aeroporto esperei por volta de uma hora para pegar meu próximo voo de Lisboa para Paris, conheci uma mulher Americana que mora em Paris e que está voltando pros EUA porcausa da Sandy e depois de conversar um pouco embarquei no avião rumo a Paris.

Até daqui a pouco Paris!!!